8 de nov. de 2016

Ilhéus (BA)

Hoje, analisarei o brasão de Ilhéus, berço de Jorge Amado e, inclusive, pano de fundo para algumas de suas obras.

O brasão de Ilhéus é o seguinte:


O escudo é o mesmo que seria, supostamente, ostentado pelo primeiro donatário da capitania de Ilhéus, Jorge de Figueiredo Correia, ou seja, partido de Figueiredo e Correia — o segundo, aparentemente, com os esmaltes invertidos, o que não seria inédito na heráldica portuguesa. Foi adotado, no entanto, apenas em 1965.

Os suportes são a cana-de-açúcar, primeira cultura local, e o cacau, ao qual Ilhéus tanto deve.

Em minha interpretação:

Ilhéus: Partido: I- de vermelho, cinco folhas de figueira de verde, perfiladas de ouro, postas em aspa; II - de vermelho, fretado de ouro.

A bandeira é inspirada no brasão, mas com os elementos rearranjados ou adaptados:


Aproveito a oportunidade para abordar um dos meus brasões eclesiásticos favoritos, aquele da diocese católica romana de Ilhéus.


Em minha interpretação:

Diocese de Ilhéus: De prata, cruz da Ordem de Cristo firmada nos bordos; brocante sobre o todo, escudete de prata, com uma cruz de vermelho.

O brasão, criado em 1913, contém uma cruz de São Jorge, padroeiro de Ilhéus — originalmente, Vila de São Jorge de Ilhéus —, sobre a cruz da Ordem de Cristo, representando os catequizadores trazidos pela colonização portuguesa. Eu acho inteligentíssima a forma como o brasão simula o efeito de de-um-ao-outro.

Comentários e sugestões são bem-vindas.

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